sexta-feira, 30 de setembro de 2011

AS SAUDADES E A PAZ


Do alto da colina que abriga um recanto de paz a Mulher observa o mar.
Em sua reflexão relembra as vidas que recentemente voaram para outros céus e sente a saudade que fica triste mas também sorri com lembranças que preenchem lacunas afetivas.
Porque a “vida bate à porta” ( com licença ,Gullar!) e busca as luzes do entendimento para o que não está sendo explicado a Mulher busca argumentos para a sua própria vontade de presenças numa ânsia de acomodar a aflição .
Por que a vontade de olhar, tocar e estar junto na maioria das vezes quer ser vitoriosa se Ela sabe que se pode entrar no mundo esclarecido e ver, sentir, pressentir e inundar alma de paz?

Do alto da colina que lhe é tão conhecida a Mulher visualiza a imensidão do mar que parece não ter fim,mas, que tem um porto em algum momento.
E, encharcada de energia que faz bem, a Mulher encontra a resposta que queria. Como aquele sem fim, a saudade tem seu porto de paz, as vontades que não acabam possuem as respostas para e no momento certo.
Tudo finaliza em algum lugar, até mesmo as atitudes desumanas e incoerentes.
Tudo acaba num ponto de chegar...

Apascentada em suas saudades que doem em sua essência, a Mulher transfere seus pensamentos para um outro espaço de convívio-aprendizado quando circulam vidas e ações diferentes, algumas superando as adversidades que são testes,outras preservando as mãos com seus afins e muitas ancorando suas frustrações pela incompetência em não saber gerir suas vidas, vomitam as amarguras na inveja e mal-querer.

E a Mulher, com o coração transbordando de alegria pelas inúmeras dádivas que recebe porque possui fé na Energia Maior e em seus encantados, abre os braços para aquele espaço tão grandioso em que está numa metafórica ação de abraçar tudo que lhe dá paz e gratidão.
E sorri para as duas saudades que estavam lhe deixando triste e se transformaram em acalanto de vida e de bem-querer.
Ana Virgínia Santiago
30/9/2011.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Hoje é dia dos ३ arcanjos: Gabriel, Miguel e Rafael




Eu aprendi, que é para invocar
Proteção dos Arcanjos de Deus.
Chamo os Anjos lá do céu
Mensageiros de meu Deus.

Peço Paz para não ter que lutar
E coragem se a luta chegar
Defendei-me São Miguel
Me ensina "Quem é Deus?"

Esperança e revelações
Amor forte no meu coração
Dai-me Amor São Gabriel
Força e Amor "Homem de Deus".

Por Saúde Eu venho implorar
E a todos os seres de Deus
Vem curar-nos São Rafael
E Eu sou "Curada por Deus".

"Luz de Deus" venha me abençoar
Traga Luz e minha inspiração
Transformai São Uriel
Venha a mim, "Fogo de Deus".

Todos os Anjos e Arcanjos do céu
Eu vos mando meu canto de amor
E ao meu Anjo Protetor
Companheiro e Guardião.

Amém.
29 de setembro de 2011.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Cosme e Damião e Doum



Damião cadê Doum
Doum tá passeando
No cavalo de Ogum
Dois, dois
Sereia do mar
Dois, dois
Minha mãe Iemanjá
São Cosme, São Damião
Sua Santa já chegou
Veio do fundo do mar
Que Santa Bárbara mandou
Dois, dois as Sereias do Mar
Dois, dois minha Mãe Iemanjá


A PRIMAVERA E A ALEGRIA DA PLENITUDE
(para Gabriel)

Passeio entre meus próprios pensamentos para sobrevoar espaços desconhecidos e, pela vontade incontida, abraçar um ser que está bem longe de mim.
Mas, porque já é primavera, o meu ser tão inundado de alegrias busca recursos inimagináveis para chegar até quem eu queria abraçar, não permitindo ter chances de sentir a tristeza da ausência.
Porque já é primavera no meu coração e em torno dele - o que me dá condições de abrir as asas da imaginação e viajar a terras tão distantes - fecho os olhos e aprendo a sair de mim para “ver” quem esteve, por um período de nove meses, acalentado em minha essência e ficar para sempre.
Atravessar o oceano num vôo extraordinário guiado pelo amor que não tem fim, me é permitido porque é primavera...
E acolho os meus pensamentos no abrir janelas, escancarar portas, romper barreiras e andar caminhos para vislumbrar uma de minhas frestas iluminadas que amanhã aplaude a sua vida, tão longe de mim, tão perto do meu sentimento.
Sobrevoo pelas nuvens no cavalo alado que tomei emprestado da Faxineira de Ilusões para materializar os meus sonhos de estar junto, aplaudir, falar em silêncio e agradecer a um ser especial que me fez conhecer a plenitude do amor, de um amor incontido que abriu o caminho iluminado para anos depois ter em meus braços os abraços de outro ser especial.
Porque é primavera e com ela tive o meu prenúncio de amor incondicional no acolhimento de setembro, abraço o meu coração para dançar ao som de notas e sons que nascem do coração e da sensibilidade de quem me fez plena e hoje já alça seus próprios vôos.
Porque é primavera fecho os olhos e retomo a caminhada de abrir braços, envolver abraços e acarinhar a saudade que precisa ser contida pelo amor que não tem fim para adormecê-la e fazer de meu coração uma explosão de amor por quem, amanhã, festejará a vida em terras tão distantes de meu coração.
Mas, a primavera acalma prantos, enxuga lágrimas e aguça os ouvidos de quem só tem a agradecer pela vida que me fez conhecer a plenitude do amor.
Ana Virgínia 25/09/2011.Ilhéus-Bahia.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011



A CHUVA E A FAXINEIRA DE ILUSÕES QUE CONVERSA CONSIGO MESMA.

A noite adormeceu com o canto da chuva e acordou na manhã com chuva fina, insistente,benfazeja para uns, preocupante para muitos,mas, água que banha, que limpa, que leva e que pode destruir o que não foi alicerçado de forma correta.
Aguardando o momento de ir à labuta,observo e penso...
A chuva continua sua trajetória da noite...Leve, quieta , inalterável.
Chuva que anuncia tantas coisas... Pode desencantar a alegria d’alma, desarmonizar o estado de espírito,mas, arauto de novas realizações.
A vida continua a sua trajetória. Amanhece como o dia com suas sucessivas formas nas vinte e quatro horas que traduzem mutações; anoitece como a noite que nos acolhe, que abriga tantas histórias e desencantos, tantos contares de encontros e desencontros das perguntas sem respostas e ainda dos recados silenciosos que choram e sorriem...

A vida dá as mãos ao pensamento que voa, ultrapassa a velocidade da luz e descansa na etapa consciente de que sonhos nunca são reais, nunca foram e jamais serão!
Ou não?! O País do Nunca não foi recanto eterno de Peter Pan o menino que não queria nascer?Michael Jackson não viveu entre a imensidão da Neverland, a Terra do Nunca?
O nunca faz parte de todos nós que, ousados, acreditamos no antônimo do sempre.
Ver a chuva induz o pensamento aos questionamentos, ao querer respostas para o que intriga e faz perecer. Ela inclusive, a depender do estado de espírito, faz o ser ficar encantado e com vontade de cantar e dançar as alegrias que lhe chegam como realizações.E como são boas as realizações!
A chuva e a vida são siamesas...O sempre e o nunca, também.
Tomo para mim neste instante o significado da dualidade.
A manhã e eu, reflexões sobrevoando o meu coração, desafiando as Leis Maiores a favor dos desencontrados desejos que permeiam a minha vida.

Sou Faxineira,limpo sonhos inadequados, dou brilho aos que podem ser reais e aspiro recordações nefastas... Varro todos os sentimentos que magoam, transformando-os em sublimes companheiros, que darão sentido aos fragmentados corações.
E dentro de minha função preservo os pensamentos, dando-lhes brilho e vigor.
Daqui a pouco a chuva pode aumentar ou permitir que o sol saia do seu sono e abra os seus raios luminosos para aquecer e, de dentro da espaço que me abriga, permaneço fazendo comparações.

A vida é isso... Água que abençoa,que limpa e faz bem. Torrentes que podem destruir, ensinar e ou fortalecer quem precisa aprender.
Pode ser a tarde chuvosa que se prepara para o anoitecer com abrigos para não dar guarida ao frio.Mas, também o anoitecer que recebe o seu leito de amor preparado pela tarde que precisa descansar.
A chuva e a vida. A chuva é a vida!
Observo os pingos d’água que caem do telhado e como eles se transformam em círculos renascidos sob outras formas. A vida é isso.Mutações e busca de formas que possam ser adaptadas ao seu momento.
A vida é a chuva que vejo caindo, agora, levinha,mas persistente chamando a atenção para a sua presença , para não ser esquecida, para ser respeitada...

Ergo os olhos e estampado diante de minha admiração o céu mostra o seu poder e a sua importância.mesmo acinzentado em sua roupa de frio, ele continua poderoso desafiando a ânsia humana que precisa de limites...Nem sempre o homem pode ser ícaro moderno com asas metálicas realizando sonhos de tantos...A chuva e os céus sabem o momento de impor barreiras para ele. A vida é isso...chuva e espaço celeste impedindo os vôos arriscados, a invasão das nuvens pesadas que anunciam riscos e tragédias.

Voando, sonhando e duelando entre o sempre e o nunca, eu, Faxineira de Ilusões, embalo minhas querências e deixo a alma descansar, atentando para a vida que está passando como a chuva que observo e cai baixinho, deixando a temperatura amena.

A chuva segue o seu percurso. Numa sucessão natural como a vida tem a sua no dia a dia e sua regularidade: nascer, crescer, ser plenitude e declínio( adormecimento) em preparação ao renascer e viajar para as estrelas.
A chuva continua... Leve, quieta , inalterável, até o seu ciclo terminar.
Ana Virgínia
3/9/2011
Ilhéus-Bahia

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Simplesmente o sentir... de um poeta paulista

O que sinto...


O que sinto é simples como o nascimento,
Sinto saudades e mais nada, é muito simples
Choro calado, não tenho mais o que falar neste momento
Momento simples de saudade e sofrimento.

rickcostard(SP)
30/08/99

PIEDADE FINGIDA

Na boca um gosto de sangue
Saudade nos olhos vermelhos
Na rua o cão que se lambe
Curando as feridas e o medo

No rosto uma vida sofrida
E as marcas que não dão sossego
Na casa que peço guarida
Recebo almoço azedo.

Não quero piedade fingida
Por que não cura a ferida
Meu corpo vazio de vida
Não vive só de comida.

rickcostard

23/10/01 -