segunda-feira, 27 de setembro de 2010



Mais momentos...
Hoje, 27/09.

Hoje é dia deles...




Salve, São Cosme , Salve,São Damião!

Para Gabriel, 25/09/2010


(retrato by Megan Elizabeth Provost -Austin-Texas)

O AMOR QUE ME NUTRE
( a um ser especial que aniversaria hoje)


O amor que me nutre é imensidão de sentires.
Chegou deixando o cheiro de alfazema no ar no início da primavera e ficou encantado na chegada do verão para nunca mais me deixar...
É vastidão de quereres...
Acompanha meus dias, meses e anos reconhecendo a mais bonita forma de crescimento num estágio de nunca parar...
É eterno e amplo no meu gostar.

Meu amor ampliou asas sempre em vôos amplos, em céus que me encantam e me amparam,
Em eterno estado de torpor feliz, de alegria hipnotizada para não sofrer mecanismos de mudanças, em olhares ávidos descobrindo construções de quem continua a velar...
É imortal na mais bonita e perfeita forma de amar.

O amor que me nutre sente vontade de presenças, de retorno às etapas que me fazia siamesa no sentimento primeiro e chegado com tantos sonhos e surpresas.
O nutrido afeto que me abriu horizontes firmando a certeza do encantamento eterno cria artifícios para esquecer as ausências que são naturais,mas, doem na síndrome do ninho vazio...
Ele pede a essência perto de mim.

O amor que me nutre é expansão e armazenamento de êxtases em seqüências que não possuem fim e não esgotam o nascimento de novos motivos que me fazem feliz.
É único e duo , pois convive com a pacificadora forma de amar sem limites especiais seres que alimentam e acalantam a minh’alma.

O amor que me nutre ...

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Em 21/09/2010.

Setembro ...2010

Momento em setembro 2010


Ainda em agosto...2010


Mais um momento em agosto de 2010

Momento agosto II


Mudanças...ciclos vitais...momentos meus.

Momento III agosto 2010


A FAXINEIRA DE ILUEÕES ,A VIDA BANALIZADA E O DESRESPEITO QUERENDO O TRONO...


Agacho meu ser já tão cansado de espantos para fazer adormecidos os meus pensamentos que são gladiadores ferrenhos do querer paz.Por eles circulam tantas ações que me fazem mal...Por causa deles o sono grita rebeldia e recusa-se a descansar.
Por meus pensamentos as ações passadas tomam a dimensão de um grande “tsunami” e sussurram em meus ouvidos as palavras de ordem de traições e desamores, de ontem e que são refletidas até hoje...

A vida está sendo mercadoria de última categoria, tão banalizada, que o perigo diante de mim, dos meus afins e de quem não conheço, é tão constante que o chamamos de qualquer coisa menos desrespeito ao viver.
Passam por minha incredulidade ações rasteiras, frases e olhares infames, motins particulares, disputas desonestas, palavras lapidadas na mentira e na farsa que são vistas como doces e calorosas atitudes de companheirismo.

A vida estão banalizada... Tanto está esquecida em sua perfeita representação da ação de Deus, que acompanho os rumores de quem age com desamor. Que presencio quem deveria ser companhia na rotina diária passar contares para quem vive na farsa e na sabida arte de dissimular.
Espantada diante de marginais atitudes, vejo meu corpo gritar e sentir o peso da incredulidade e pedir colo e atenção humanos. E olho para todos os lados e não vejo quem eu queria ,porque foi passear nos espaços num corcel de paz e amor, tão longe de mim.

O que se presencia é tão ruim! O que faz uma pessoa odiar tanto outra, que lhe acompanhou, que viu crescer na vida, que lhe dispensou melhores anos e vê fechar, com frieza e indiferença, a porta do caminho a seguir?
O que impede as pessoas de serem adeptas da honestidade, tomarem coragem, fecharem um ciclo que acham tão maldito e dar paz a quem ofendem diariamente?

O que faz do ser humano alguém tão sádico que massacra as passadas de outro? E disfarçam suas frustrações sob a capa da bondade e calmarias de espírito?

A vida estão tão banalizada! Como parar a dor e a impotência do bem-querer, ampliadas pela distância num momento que um ser querido corre risco de vida?
O que fazer num momento em que armas engatilhadas são colocadas em sua fronte e a humilhação de estar rendida presencia seus pertences serem levados em nome da violência urbana e do tráfico numa cidade que sempre foi maravilhosa?

A vida está banalizada. E está sendo pisoteada quando observo nos ambientes pequenos a dimensão dos horrores que por ali são montados e projetados.
Ela está sendo desrespeitada quando vejo pessoas sendo encaradas como objetos de manipulação até quando necessárias e depois esquecidas.
A vida está banalizada quando sei que não são ouvidos as palavras certas, os gritos de alerta, os insistentes avisos de sinuosos labirintos que se transformarão em crateras gigantes.

A vida está sendo desrespeitada...
OMISSÕES... IRRESPONSABILIDADES... PREJUIZO PARA A SOCIEDADE. DE QUEM É A CULPA?


Todos os dias nossos sentidos são expostos a notícias de violência, desamor, desrespeitos, mal-quereres e à fragmentação do núcleo familiar.

Todos os momentos, pela rapidez das informações e inovações da interligação, sofremos, nos rebelamos, choramos e buscamos soluções para o que nos jogam na mente como lixos tirados dos monturos humanos, veiculados pela imprensa, pelos muitos blogs, pelas rádios, pelas conversas de quem conosco convive.

Todos os dias presenciamos deslizes de ações, bem pertinho de nós( não precisamos ir aos grandes centros), a começar por invasão nos semáforos, descumprimento das placas de sinalização, adultos irresponsáveis com crianças soltas pelo que resta de passeios e acostamentos, ciclistas desobedecendo as regras básicas do trânsito.
Todos os dias somos vítimas de “trancadas” ( quando não levam os retrovisores dos carros!)de alguns apressados motoqueiros que não valorizam nem a própria vida...

O que acontece com a nossa sociedade? Por que tantos exemplos diários veiculados em todo o mundo que nos escandalizam e machucam o nosso entendimento, continuam a acontecer muitos ,exatamente, iguais ao que nos chocou?

De quem é a culpa?

Das omissões. Das irresponsabilidades rotineiras que vão macerando a sociedade, a comunidade que vivemos, o nosso direito de ir e vir, de trilhar as linhas coerentes da vida e os nossos direitos e deveres de cidadãos!

De quem é a culpa?

Da família ou do que resta dela em alguns lares...
Das estúpidas observações e atos de mães neuróticas que usam seus pequenos para alimentar desajustes conjugais, como joguetes humanos, em intermináveis partidas de pingue-pongue e esquecem que são responsáveis pelo crescimento dos filhos.
Dos pais ausentes que se esquecem do alicerce necessário dos filhos, mesmo que estejam em casas diferentes, que serão adultos mais adiante,com distorções de caráter e de comportamentos estranhos.

De quem é a culpa?

Dos pais omissos e irresponsáveis que precisam dar exemplos aos filhos pré e adolescentes, impondo-lhes limites, abrindo cortinas da vida, iluminando caminhos pelo ensino e diálogo e não os deixando até tarde da noite em “papos” com os amigos em certas áreas de lazer( muitas transformadas em pontos de outras coisas mais, tirando o direito de moradores descansarem, absorverem ar puro de uma natureza belíssima) onde “rola” tudo...

Quem são esses amigos? Quem é novato ou novata no grupo que chega à noite e depois vai embora e não tem comportamento espontâneo do jovem sem medos, que não esconde seu rosto sob bonés?

Quem são esses filhos lá fora de casa, mesmo que estejam em seu bairro?O que estão fazendo esses meninos, essas garotas, meu Deus, que os pais não procuram saber?
É só abrir a porta da casa, desligar a televisão, esquecer das mazelas novelísticas e buscar a realidade ali pertinho!

De quem é a culpa de tanta transgressão, de tantas passadas marginais de jovens que estão com a vida em florescimento e daqui a pouco podem perecer no auge da existência?

Cadê os pais de tantos jovens que estamos vendo dia a dia, noite a noite, alimentando vícios, comportamentos diferentes, maneira de ser divergindo do que tinham?
Cadê os omissos pais, os irresponsáveis avós que possuem a guarda dos netos, os adultos dos mundo vivencial desses jovens que não estão enxergando o que eu, os vizinhos e os moradores de seus bairros estamos vendo de forma tão clara?

Estamos acompanhando a deterioração de uma faixa etária imensa pela irresponsabilidade dos adultos omissos.
Tudo que está acontecendo é fruto deles.
Que pena!
O DESENCANTO DA FAXINEIRA DE ILUSÕES



Começa o dia da mulher que sobrevoa o limite do palpável para habitar na surreal paisagem do encantamento.
Porque possui a mágica de lidar com especiais habitantes do mundo de fadas, gnomos, anjos e alados pássaros, ela exerce a poética função de aspergir, limpar, polir e varrer o que não se enxerga,mas, vê, o que não se toca,mas, sente e o que não se escuta,porém pode ser lido pelo olhar.
Porque a realidade que está vivenciando a preocupa a mulher absorve a essência da Faxineira de Ilusões para poder sobreviver e não morrer... de angústia por não ser ouvida, de piedade por nada poder fazer.
Questionando as ações humanas de sua aldeia que , no momento, a entristece, a Faxineira de Ilusões busca respostas para tantos desacordos, frutos de deslizes de formação e vê a cegueira anímica de quem deveria estar em vigília...
Olha o espaço que nasceu de um sonho e de idéias grandes, poderia estar imponente e radiosa e vê a energia esvair-se por tantos desacertos e falta de direcionamentos.
O que fazer ali, com seu labor, para amenizar o que está acontecendo? De que forma aspirar ações maléficas se a raiz permanece intacta alimentada pelos diversos desvios que aniquilam qualquer forma de bem querer?
Como limpar, varrer, escoar tudo que é construído com palavras malvadas e atitudes tortas se não pode ser escutada?
O que aflige a mulher que tem a missão de limpar sujeiras , cortar arestas daninhas, queimar desonestidades e plantar iluminados pensamentos é a solidão!
A solidão de estar acompanhada por tantas vozes que não sabem escutar.
A solidão de não ver comungada a idéia bonita de construção para tantas construções na aldeia.
O que atormenta a Faxineira é a constatação dos passos silenciosos, de mascaradas vozes macias,de ações sub-reptícias, do desconforto de olhar e enxergar muito além, do ouvir e escutar vozes não faladas e da total abstração inconsciente de quem tem o poder e não o exerce de forma coerente e decente.
O que acontece num espaço tão pequeno e que cresce, à velocidade da luz na intrigante política de cultura de corredores,tão comum na infante construção?
O tempo esfria cada vez mais fazendo com que pessoas busquem nos agasalhos o calor necessário ao contato corporal…A umidade que se alastra naquele espaço que poderia estar tão grande, ultrapassa os limites das paredes para atingir as mentes e pensamentos cambaleantes dos humanos tortos que estão entrando pelas portas, infiltrando o mofo por todos os lados e alimentando os bolores tão nocivos à vida e à alma.
Precavida, a Faxineira adota a política do silêncio, do não ouvir, nada falar,nada olhar. Exerce o seu direito de preservar a dignidade, aconchegar a probidade tão importante em sua formação e preparar-se para abrir as portas e fechá-las, com cuidado, silenciosamente para não demolir o que está ruindo.
Fechar, desencantada, as portas depois de ter arrumado um pequenino espaço que existe dentro do espaço maior para não ser transformado na famosa caixa de Pandora e, se for aberta, não permitir que fechem a tampa novamente deixando dentro dela a mais perfeita possibilidade de sobrevivência do Homem: a esperança!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

94 ANOS DE UM BEM-QUERER


94 anos...
Piso num chão tão familiar... Num alicerce que me transporta para tantas lembranças. Cada quadrado, cada desenho geométrico dos espaços internos levam o meu coração à emoção de ser parte de uma família especial, de ter sido aluna Ursulina e sentir orgulho por isso.
Entro todos os dias, reverenciando, a Mãe Piedade, num espaço dedicado à reflexão, ao crível, ao verdadeiro, para, silenciosamente, falar do meu amor por esta Casa, da gratidão de ter passado à minha infância e adolescência os valores primordiais que fazem do Homem um ser especial.
Alegro-me com a preservação do espaço físico que Madre Thaís tanto amou, porque o marco da educação na região grapiuna não pode ruir.
Uma Casa que teve Maria Garcia a “guardando” a portaria, até seus
Últimos dias e que formou Roquelina Cardoso uma amada defensora da Piedade.
Entristeço-me, também, com a falta de interesse - de alguns que chegam – na história,na bonita memória de quem ainda está conosco para preservar o que deverá ser eterno e na falta de sensibilidade de atentar para isso. Madre Madalena, atenta à memória da sua Casa,está fazendo falta...
Mas, o amor que Madre Thaís e Madre Terezinha do Menino Jesus Decroq implantaram na Piedade e souberam enraizar em ex-alunas fiéis,e mais tarde,em ex-alunos, não perecerá.
94 anos...
Percorro esses pátios imensos e rigorosamente limpos, transportando-me para tempos passados, para as minhas lembranças, ouvindo os passos seguros e silenciosos das religiosas que, de negro, mais tarde de branco e de cinza, enfeitavam as galerias, impunham disciplina e valores de dignidade e a imagem daquelas mulheres, hábitos limpos e bem passados, terço imenso na cintura, parava ou alegrava as alunas, as “meninas” da Piedade e deixavam seus ensinamentos.


Ali, naqueles sapotizeiros, mundos foram descortinados e ou desconstruídos. As conversas, os segredos, os planos e os sonhos, muitos, foram firmados ali, à sombra das frutas doces e saborosas que Irmã Teresa Sodreau, a amada irmã da cantina, ia colhendo e guardando no imenso avental de operária de Cristo.
Irmã Benilda, hábil na arte do crochê e tricô,querida religiosa fazendo falta em nossos pátios...Irmã Celeste, meiga doceira...
E as mangueiras! Quantos sapatos perdidos ali que o fiel Sr. Cândido depois ia recolhendo e entregando às suas donas, que, de meias, continuavam a assistir as aulas, saciadas do mel das frutas tiradas...
Sinto o passado tão presente neste espaço que completou 94 anos no dia 15!
Como esquecer ir. Bernadete, artista nata e dedicada guardiã da Igreja, do Santíssimo e dos seus paramentos e objetos, a pausadamente me falar da vida, a me ensinar costura, “fuxicos” e bordados em ponto cruz e vagonite ( como uso até hoje!!!) e a exemplificar, com suas ações (desconhecendo isso) que tolerância, silêncios e respeito à hierarquia são importantes e que amizade profunda é prova de Deus.
Saudade de Irmã Consolação, outra dedicada religiosa nos cuidados com a sacristia que ocupa outras funções, agora.
Como esquecer D.Lourdes Melo, amiga fiel de ir. Bernadete, Mestra de Ciências, rígida no ensinar e tão amável na rotina de gente que amava e tinha naquela Casa uma ligação afetiva de amor.
Passo pela Escola Santa Ângela e abraço a saudade de duas guerreiras que amaram e construíram tanto naquele espaço beneficente: religiosas e irmãs em Cristo Ana de Jesus e Maria Clara.
Como esquecer a então Madre Maria Clara. Postura elegante,traços bonitos, gestos e voz seguros que acreditava na rigidez de atitudes como respaldo para crescimento,mas, que em minha infância e adolescência foi doce e amiga, passando o mesmo amor que nutria por meus pais e por mim para meus dois filhos. Sempre presente, sempre grata, sempre amiga.Agora, vivendo um mundo só seu...
94 anos de dedicação ao ensinar e ao formar jovens!
Sinto a nostálgica e benfazeja saudade de outras Mestras e Amigas. Santo Ignácio que me mostrou a importância de estudar português, Maria José, a querida “Mamusé”, ensinando religião de forma tão real, que aprendíamos a vivenciar os passos da Sagrada Família como se fosse “in loco”.
94 anos...quanto tempo, quanta presença!

Quantas saudades das festas naqueles pátios cheios de pessoinhas ávidas de vida e alegria! Dos maravilhosos jogos do VIP, sob a proteção de Prof. Hélio , de Frei Paulo, de Sr. Humberto Barbosa e sua fiel escudeira Ami!
Saudades da singela e da contemplativa Ir. Genoveva, espírito de luz que, sem visão, enxergava tudo e todos! Da querida Ir. Josefina que, nos últimos anos foi a companheira e acompanhante de todas as irmãs que já se despediam...E dos chamados ,pelo tocar do sino, da paciente Ir.Úrsula que, “comandante”do recreio, avisava os horários de pararmos a energia para retorno às salas.
Quanta saudade das filas formadas cantando os hinos brasileiros e o Serviam, da disciplina exigida.
E as Mestras inesquecíveis de minha geração?Palmas para D.Alina Benevides, ainda preservando o mesmo amor pela Casa que a acolheu. Aplausos para Sônia Cardoso, Elnita Motta e Cyléa Costa Cardoso, agora em outros céus, junto a Hildete Penalva, ex-aluna e ex-coordenadora e tantos outros seres especiais.
Piso no espaço que continua a me emocionar. E vejo o mesmo amor de ex-alunas em todas que ainda freqüentam ali. E testemunho o mesmo dedicado querer de Irmã Georgina, ex-aluna das Mercês que tem uma trajetória bonita no Instituto Nossa Senhora da Piedade, amando a Casa como se ali estivesse estudado, duas vezes Provincial e mais uma vez Diretora do INSP.
94 anos iniciando uma nova etapa, recebendo novos educadores, novas pessoas na equipe com o mesmo propósito de reverenciar a Casa que agora aniversaria.
São 94 anos de bem-querer.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

SAUL BARBOSA

Grande compositor e músico SAUL BARBOSA viajou para as estrelas...Com certeza, seu espírito abrirá asas e ampliará seus vôos.
Saudades do talento e da garra do guerreiro menino que saiu de Ilhéus e firmou seu nome numa dimensão maior.