" É a imagem na mente que nos une aos tesouros perdidos, mas é a perda que dá forma à imagem"( Colette)
"Nenhuma dor é tão mortal quanto a da luta para sermos nós mesmos" ( Ievguêni Vinokurov)
" Pois o erro gerado nos ossos
de cada mulher e cada homem
deseja o que não pode ter.
Não o amor universal,
mas ser amado sozinho" ( W.H.Auden)
" Envelheço...envelheço
passarei a dobrar para cima a bainha da minha calça" (T.S.Eliot)
"
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Para pensar...
Quando o etnólogo e antropólogo estruturalista belga Claude Lévi-Strauss recebeu,aos 97 anos, em 2005, o 17o Prêmio Internacional Catalunha, na Espanha, declarou :
"Fico emocionado porque estou na idade em que não se recebem nem se dão prêmios, pois sou muito velho para fazer parte de um corpo de jurados. Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele - isso é algo que sempre deveríamos ter presente".
Ele não gostou da Baía de Guanabara:
“O Pão de Açúcar, o Corcovado, todos esses pontos tão louvados parecem ao viajante que penetra na baía como tocos de dentes perdidos nos quatro cantos de uma boca banguela”.
"Fico emocionado porque estou na idade em que não se recebem nem se dão prêmios, pois sou muito velho para fazer parte de um corpo de jurados. Meu único desejo é um pouco mais de respeito para o mundo, que começou sem o ser humano e vai terminar sem ele - isso é algo que sempre deveríamos ter presente".
Ele não gostou da Baía de Guanabara:
“O Pão de Açúcar, o Corcovado, todos esses pontos tão louvados parecem ao viajante que penetra na baía como tocos de dentes perdidos nos quatro cantos de uma boca banguela”.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Para pensar...
" Quando o poder da síntese desaparece da vida dos homens e quando as antíteses perdem sua relação vitak e seu poder de interação e conquistam a independência, é então que a filosofia se torna uma necessidade sentida"
( G.W.Hegel)
" O que a Lagarta chama de fim do mundo, o Mestre chama de Borboleta"
(Richard Bach)
( G.W.Hegel)
" O que a Lagarta chama de fim do mundo, o Mestre chama de Borboleta"
(Richard Bach)
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
A MANHÃ DE SOL E A MORTE DA BORBOLETA
(Devaneios da Faxineira de Ilusões)
( foto de Rhett A. Butler)
Aqui estou, essência que sou eu e ainda se chama vida, madrugando como a manhã de domingo que já chegou com a sua jornada extasiando a quem ainda respira e sobrevive aos combates interiores que acontecem independente da vontade, pois chegam enluarados, enganam a alma fazendo-a uma só paixão...
Aqui tudo é silêncio. Como silenciosa está a minh’alma que se protege dos turbilhões para não mais acordar um atônito ser que um dia acreditou em tantas coisas e sequer se viu por pura ilusão.
Mas, a madrugada chega dizendo de luz! O céu agonia de tão bonito e manda-me pitadas de estrelas em plena manhã que se iniciará como se dissesse que a esperança não é só aquele pequenino animal, frágil e belo- uma esperança – que numa noite pousou em meu teclado.Pode ser um sentimento revirado pelo avesso, para não ser mais estúpido e inconseqüente.
Os recados vão chegando: raios de sol que invadem o espaço criador inebriam os olhos de quem não tem mais nada para espreitar e constroem minúsculos pontos- réstias iluminadas- que me cegam para a beleza de uma manhã tão bonita, meus outros eus (pessoanos?) que tentam empurrar a melancolia para longe, porém, fragilizados, não podem ir adiante; migalhas de amor em forma de amizade duradoura e que me diz estar viva; presença dos meus cantantes que festejam o ensolarado domingo.
Todos recados chegando até mim...
Um fato inusitado , porém, vem contestar a beleza desta manhã: uma borboleta pequenina entrou por minha janela, acomodou-se na parede branca, destacando-se por ter o vermelho e o negro como domínios de sua existência.E, como num tango de Piazzolla, ela dança tragicamente, esvaindo-se em movimentos silenciosos, dolorosos, sofridos, observados apenas pela espectadora que se espelha em sua dança de extermínio.
Lutar...Tentar...Desistir...Lutar mais uma vez.
Enalteço a vida que já se finda diante de mim, asas fazendo movimentos quietos, lentos, lutados, por uma improvável sobrevivência e recordo outras bailarinas, mulheres que morreram lentamente, alçando vôos inimagináveis em sua arte e sucumbiram de amor, tristeza e paixão.
Eu-espectadora absorvo o sofrimento do pequenino ser negro e rubro que traduz a angústia de não mais ter tempo para viver e me pergunto: por que escolheu o meu espaço para perecer?
De que céus terá vindo e o que aconteceu para que aquela trágica e alada bailarina fizesse os seus últimos gestos diante de mim que me vejo em seu contorcido esforço para continuar voando?
Uma borboleta rubro-negra chegou em minha janela contrastando com o sol, como uma lição de vida.
Lutar...Tentar...Persistir...Descansar.
Uma borboleta que desistiu de ser guerreira executando o seu vôo derradeiro numa lenta queda de asas negras, manchadas de vermelho...
Eu-espectadora, silenciosa como a minh’alma (mesmo que salpicada de estrelas em pleno dia amanhecendo), observo a pequenina bailarina cair, cair, cair e, solenemente, adormecer em paz. Enfim!
E, reverenciando aquele momento, acolho a pequenina borboleta, com as mãos em concha e guardo,numa caixinha de música, como um amuleto, a bailarina que entrou por minha janela, acomodou-se na parede branca, e, como num tango de Piazzolla, dançou tragicamente, esvaindo-se em movimentos silenciosos, dolorosos, sofridos, para eternizar o seu sono.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
O mundo dos sonhos
Em que momento a vida parou para você, que quase ninguém percebeu?
Em que mundo estranho, oculto e doloroso você se escondeu e não permitiu que penetrássemos em sua consciência e lhe acordasse?Ou será que a própria natureza ficou encarregada de ser lenitivo para as suas dores e lhe deu asas para ir até ele?
Em que consiste a irrealidade do seu cotidiano que passeia pelo passado, descansa no presente e esquece que o futuro pode existir?
Por que o seu olhar tão aflito e impessoal bate n’alma e ressoa como um grito de socorro e induz outros olhares, na impotência de ações, ficarem baixos?
Em que mundo você está que não nos deixa entrar?
O que a bloqueia em seus pensamentos, nas frases elaboradas e incoerentes que são pura aflição para quem a observa?
Por que não chega até a sua memória as certezas que teve na vida e as suas lembranças e deixa a dor do abandono ir embora?
O que fez o seu mundo particular usar a fantasia da espera que não tem chegada, a dúvida que nunca será sanada, a dor da saudade que fica mais intensa?
Por que a vida parou para você e impediu alguém mudar o ritmo dela e não ver o sofrimento no olhar vago, nas passadas incertas buscando quem não volta mais?
Em que momento você viajou para o mundo que não podemos atingi-lo?
Por que não volta?
Por que acelera seus sonhos confusos para um mundo que só você pode voar?
Por que não volta?
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