terça-feira, 27 de janeiro de 2009

O QUE A VIDA NOS ENSINA?

NO TEXTO ATRIBUÍDO A CHARLES CHAPLIN HÁ A RESPOSTA...

"A vida me ensinou...
A dizer adeus às pessoas que amo,
Sem tirá-las do meu coração;

Sorrir às pessoas que não gostam de mim,
Para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam;

Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade,
Para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;

Calar-me para ouvir;
Aprender com meus erros .
Afinal eu posso ser sempre melhor.

A lutar contra as injustiças;
Sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo,

A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhosa com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que só precisam desabafar;

Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim depósito de suas frustrações e desafetos;
Perdoar incondicionalmente,
Pois já precisei desse perdão;
Amar incondicionalmente,
Pois também preciso desse amor;

A alegrar a quem precisa;
A pedir perdão;
A sonhar acordado;
A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário);
A aproveitar cada instante de felicidade;

A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;
Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas", embora nem sempre consiga entendê-las;
A ver o encanto do pôr-do-sol;

A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser;

A abrir minhas janelas para o amor;
A não temer o futuro;

Me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesma tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher."

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

" Yes, we can "

Olhares do mundo todo estão voltados para o homem que muda a história dos Estados Unidos da América.
Barack Hussein Obama, 44º presidente dos Estados Unidos da América, prova que, com sonhos, perseverança e busca de conhecimento através do estudo ( Universidade de Harvard e pais, com doutorado), apesar de tanta discriminação que sofreu em toda a sua vida, é possível dizer que, “sim,nós podemos” guiado pelo grito de um mártir que disse “ eu tenho um sonho”.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

OBSERVAR...SER EMOÇÃO...GUARDAR...




(Pintura de Claude Monet)
A Mulher sorriu com as evidências. Ouviu comentários, estranhou algumas ações, entendeu outras e aplaudiu as mentes que, antenadas com um momento histórico, enxergavam além mar...
Porque era dia de reflexão no mundo, ela virou personagem monetiana e, debaixo da árvore, viu a aldeia ampliar a sua situação geográfica e, num passe de mágica, voou para outros céus.

Quantos seres num momento do passado acreditaram que o sonho de união e igualdade, marcado com ódio e morte, seria realidade mudando a caminhada de ultrajes e desrespeito humano para ser transformado num histórico divisor de fase e afirmativa de possibilidades e caminhos abertos a uma nova era!

Procurou entender o comportamento de quem ela observava, pertinho, que fechando os olhos e tampando os ouvidos para o que acontecia, desconheciam que era importante o estar atento para o que, através de satélite, estava sendo mostrado. Talvez eles sejam reles seres que desafiam a igualdade entre os homens ou ignorantes, limitados em sua mediocridade...
E sentiu perplexidade!

Desviando seu olhar, a Mulher observa outros momentos, já, voltando para sua aldeia. Porque tem o dom de sonhar e ultrapassar para dimensões diversas, volta-se para um espaço dedicado ao saber,onde pessoas travam batalhas inúteis em nome da vaidade e da ambição, sujando rastros singelos de quem antes pisou com dignidade e desejos diferentes.
E sentiu pena...

Embalada pela sombra que lhe acaricia a alma, a Mulher vê do alto da colina a sua aldeia e suas belezas. Vê o imenso horizonte e sente saudade da história que um dia lhe contaram, com grandes homens embebidos de planos construtivos e idéias arrojadas, dando forma à sua beleza.
Tudo é natural e apenas precisa ter e ser cuidado, ali na aldeia! Bastam apenas vontades e atos probos!
Por aqueles lugares que tantos homens pisaram e elevaram construções, século foi firmando a história que muitas vontades lutam para preservá-la, porque, cada um que ali mora precisa ser o guardião de seus contares.
E respirou esperanças...

A Mulher que saiu de sua prisão voluntária para ver a reação dos homens pela liberdade de idéias, olha para o alto e vê respostas, só possíveis em pessoas que acreditam no que não pode ser tocado,mas, existe.
E exultou!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

O RETORNO DA FAXINEIRA DE ILUSÕES E SEUS ENCONTROS

Apascentadas suas indagações anímicas, com descanso, a Faxineira retornou à sua aldeia.
Iniciante ano provavelmente lhe dará arsenal para que sua função seja realizada, apesar das dificuldades.
Permeiam por sua vida as ações que adormeceram como o ano que se foi, as dores que recolheu na alma, as alegrias que lhe incentivaram a acreditar na vida e nos homens, as certezas que lhe respaldaram uma decisão pensada e consciente e solidificou as suas passadas nas ruas da aldeia que é sua, também.
Encontrou pessoas antes tão pertinho de sua vida que, agora, estão no distante lugar que nunca saíram e sentiu uma profunda decepção pelas falhas humanas, respirando no ar as palavras silenciosas, os olhares que não são ( percebeu que nunca foram) amigos.
Sorriu com a octogenária que tanto admira, lhe faz bem, acompanha seus passos, suas “faxinas”, seus amores, suas dores e sentiu leveza ao despedir-se,porque é do bem.
Abraçou a amiga que está sempre presente, entristeceu com as sujeiras que vestem certas pessoas e impedem que sejam limpas,porque o livre arbítrio é dádiva de Deus...

Andou pelas ruas, constatou diferenças, sorriu com seus pensamentos confirmando que ações públicas podem dar as mãos à probidade. E ficou feliz.
Porque o ano estava iniciante a Faxineira encontrou aparências festivas, planos de crescimento, coloridos na aldeia que dá boas vindas a quem chega.
Porque um ser especial ilumina a sua vida,e é presença amada, Ela está inundada de sentimentos que a amparam na sobrevida que possui.Alimentando-se de atenção e bem-querer, a Faxineira, momentaneamente, esqueceu que uma parte de seu mundo vivencial está ruindo pela ingratidão, pelas traiçoeiras atitudes que, silenciosas, armam desamores, convivem no dia a dia e, como hienas ávidas,sorriem com o sorriso dos indignos e aplaudem quem chegou recentemente na vida,nas ações e em interesses escusos.
Encontrou na praça, apressado,um homem que conhece há tanto tempo, e hoje o vê numa distancia imensa, porque agora anda na contramão de suas vivências e coopera com o maldito empenho de jogar suas frustrações em quem não pode mais perder a auto estima. E a Faxineira entristeceu pelo futuro do Homem, que conhece há tanto tempo e se questiona em que momento houve a perda do respeito de seres que tiveram bênçãos acima do que se vê e ouve e tudo foi esquecido?E sentiu muita pena do que virá.
Mas, porque tem tantos caminhos a percorrer e possui em sua vida tantas pessoas amadas, a Faxineira caminhou para o seu labor,porque não pode ficar contaminada com o mal—querer de uma pessoa que caminha para um poço que não tem cordas de salvamento e nem engole moedas de desejos bons...

Viu uma Amiga tão querida que está sempre presente em sua trajetória, com mimos para entes queridos e confirmação de luz. E sorriu, mais uma vez e sentiu a leveza da amizade em seu coração.
Porque o ano chegou com esperanças e a aldeia está tão diferente em seu aspecto físico, a Faxineira pode descansar na praça que lhe serve de espaço para meditações.
Sentiu falta do Menino que é arte pura e viaja pela educação,mas, apesar de, não perde a sensibilidade,porque continua em sintonia com o que é bom para a alma e a faz sorrir quando fala de interpretações textuais...
E viu o dia-a-dia dos homens trabalhadores, dos fofoqueiros que se esquecem da casa que o acolhem, dos pedintes que necessitam de tanto, dos ambulantes que oferecem maravilhas, das gentes de todos os lugares que vivem ou transitam na aldeia.
E sorriu com tudo que via e preparou a sua viagem para os campos estelares em busca de alimento anímico.Conviver com Centauros, Vênus, Cruzeiro do Sul e respingos divinos...
Voar, voar, voar para mundos que só o pensamento pode levar, esquecer tudo que só seres iluminados e invisíveis podem aplacar, recordar momentos que só o coração e o pensamento, que lhe pertencem, podem operar.
Voar, voar, voar numa incontida, irrefreada e sonhada viagem de mudanças para respaldar a sua vida de faxineira que limpa as ilusões, aspira as maldades, lava as traições, joga tudo nos monturos para que possa sobreviver e agir.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Grandiosa CECÍLIA MEIRELES


( Peço licença ao autor ( que desconheço) da bela foto)

SE TE PERGUNTAREM quem era
essa que às areias e gelos
quis ensinar a primavera;

e que perdeu seus olhos pelos
mares sem deuses desta vida,
sabendo que, de assim perdê-los,

ficaria também perdida;
e que em algas e espumas presa
deixou sua alma agradecida;

essa que sofreu de beleza
e nunca desejou mais nada;
que nunca teve uma surpresa

em sua face iluminada,
dize: "Eu não pude conhecê-la,
sua história está mal contada,

mas seu nome de barca e estrela,
foi: "SERENA DESESPERADA".

***************************

"O QUE AMAMOS está sempre longe de nós:
e longe mesmo do que amamos - que são sabe
de onde vem, aonde vai nosso impulso de amor.

O que amamos está como a flor na semente,
entendido com medo e inquietude, talvez.
só para em nssa morte estar durando sempre.

Como as ervas do chão, como as ondas do mar,
os acasos se vão cumprindo e vão cessando.
Mas, sem acaso, o amor límpido e exato jaz.

Não necessita nada o que em si tudo ordena:
cuja tristeza unicamente pode ser
o equívoco do tempo, os jogos da cegueira

com setas negras na escuridão."

domingo, 4 de janeiro de 2009

MEU OLHAR (Fernando Pessoa/ Alberto Caeiro )

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de, vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender ...

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar ...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...